quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sobre mim

Com a boa repercussão do livro “Gabi, perdi a hora!”, tem gente procurando pela minha biografia. Segue aí! Nasci em 1972 na cidade de Montes Claros, Minas. Sempre gostei de ler e escrever, estimulado por meu pai, que era cronista, e minha mãe, professora de português. Aos nove anos criei duas paródias premiadas em concursos na escola e na colônia de férias, e descobri que era legal compor! Na infância e adolescência, gostava de escrever poesias, tocar flauta, desenhar e criar piadas. Meus escritores preferidos: Mário Quintana, Millôr Fernandes e Luiz Fernando Veríssimo. Mudei-me aos 17 anos para Belo Horizonte para cursar faculdade de Comunicação (primeiro Publicidade e Propaganda, depois Jornalismo). Na faculdade fiz parte de uma banda de humor, The Jingles, da qual fui tecladista e principal compositor. A banda foi premiada em quatro concursos de música e lançou um CD. Fui roteirista e redator de um programa de rádio, o “Acordados na Noite”, veiculado na rádio Inconfidência. Foi diretor e redator de um show de auditório, no estilo Chacrinha, chamado “Elias Sunshine Show”. Na comunicação, trabalhei em agências, principalmente como redator publicitário, fazendo também trabalho de assessor de imprensa e designer. Faço jingles como free-lancer. Desde 2002 sou professor universitário em cursos de Comunicação. Meu primeiro livro foi feito como organizador, juntamente com minha irmã, Maria Teresa Leal. Chama-se “Meu Tempo e o Seu”, e foi lançado pela editora Lê em 2005. Já foi adotado por programas educacionais do Ministério da Educação, da Prefeitura de São Paulo e da Prefeitura de Belo Horizonte. Meu primeiro livro como autor foi “Gabi, perdi a hora”, também lançado pela Lê (em 2009). Em 2012, 55 mil exemplares foram adquiridos pelo Ministério da Educação, para distribuição em todo o Brasil. Em 2009 decidi também me tornar comediante stand-up. Já fiz mais de 300 apresentações de humor, em Minas, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. Sou casado e tenho 3 filhos. Continuo morando em BH.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

POEMINHA PROBLEMÁTICO

O sonho da minha vida
é ser um grande poeta
Porém, na hora da rima,
minha vida fica... ingreta

Pois eu quase nunca encontro
a rima que vai servir
E a última palavra
eu tenho que alterir

Então minhas poesias
ficam sempre sem sentido
Já não sei mais o que faço
eu estou desesperido

Uma coisa assim tão fácil
que é encontrar a rima
pra mim já se transformou
num insolúvel problima

Só queria que entendessem
a causa desse meu pranto
que não rissem da minha cara
desprezando meu tormanto

Fico tão indignado
começo a falar palavrões
e dou murros na parede
até sangrar minhas mões

Começo a me torturar
com a ponta da caneta
dou porrada no cachorro
virei um psicopeta

Já tentei um tratamento
pra saber o que eu tenho
Porém o doutor só disse
que me acha um pouco estrenho

Já não sei o que eu faço
pra curar essa doença
e a cada dia que passa
tenho menos esperença

Se não faço poesia
eu morro de tanto tédio
Se eu tento e não consigo
penso até em suicédio

Não durmo direito à noite
e estou perdendo peso
Às vezes me falta ar
fico meio sem juêzo

Já não saio mais de casa
estou com medo de tudo
se continuar assim
vou logo ser internudo

Num hospício horroroso
com doido pra todo lado
Aí sim, serei maluco;
assim, estarei fudado...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Portifólio: jingles

Diamond Mall Namorados
Criação para a agência Lápis Raro em 2008. Letra: João Basílio. Música e produção: Serrassônica.




Download: clique aqui.


Alô Family Maxitel (antiga Tim)
Criação para a agência RC em 1999. Letra: João Basílio. Música: Fred Jamaica. Produção: Conexão Direta.



Download: clique aqui.


Port Papelaria e Informática
Criação para a agência Torchetti em 2009. Letra: João Basílio. Música e produção: Renato Villaça/Tinindo.




Download: clique aqui.


Sicoob Sistema Cooperativo
Criação para a agência Torchetti em 2010. Letra: João Basílio. Música e produção: Renato Villaça e Rafael Azevedo (Tinindo).




Download: clique aqui.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Stand-up com o Comédia em Pé

Mais uma apresentação de comédia stand-up, essa especialíssima! Fui ao Rio fazer o Open Mic com o consagrado grupo Comédia em Pé. Fui muito bem recebido, os caras são ótimos e a apresentação deles realmente é tudo aquilo!

Veja o vídeo da minha participação por lá.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Teatro x stand-up: um falso conflito

O comediante stand-up Cláudio Torres Gonzaga escreveu, seu parceiro de humor Paulo Carvalho botou na web e aqui estou para dar minha opinião sobre a questão. Se você não leu, leia o que escreveu o Gonzaga sobre críticas feitas por pessoas do teatro ao gênero stand-up. E depois volte pra cá pra ler o que penso.

Eu não classificaria a comédia stand-up como teatro, entendendo-se o teatro como espaço para uma narrativa, uma história com início, meio e fim - apesar de esse conceito ser estreito e deixar de fora muita peça "alternativa" por aí. Mas, da mesma forma, não acho que o stand-up deva reivindicar essa "aceitação" como teatro para ser respeitado. Teatro é teatro, stand-up é stand-up, dança é dança, poesia é poesia, música é música... E tudo está aí para divertir, provocar, emocionar, fazer refletir etc. etc. etc..., onde quer que haja espaço para acontecer: no auditório, na praça, na arena, no tablado, na TV, no corredor do avião... Eventos culturais/artísticos concorrem uns com os outros? Sim, se pensarmos que a grana é curta e ninguém pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. E não, se pensarmos que todos aproximam as pessoas da cultura, da arte e do pensamento crítico. Nesse sentido, inclusive, o stand-up consegue ser superior (porque mais intelectualizado e provocativo) do que muita peça em cartaz por aí...

É provável que a razão desse ciúme teatro/stand-up seja pela aparente vantagem do último na relação custo/benefício: sem cenário, sem figurino, sem iluminação, sem grande elenco, sem meses de pesquisa e ensaio, barato para viajar, o stand-up dos grupos de prestígio já cobra “preço de teatro”, provavelmente trazendo mais lucro para quem faz. Mas quando se cai na discussão desse retorno, o próprio teatro se depara com inúmeras situações: peças nitidamente voltadas para o povão, com um “besteirol” para o qual os do teatro “sério” torcem o nariz; monólogos de famosos da TV, uma opção nítida pelo máximo lucro (“já que eu sozinho levo público para o teatro, por que dividir com outros?”); atores há 10 anos encenando o mesmo texto, acomodados pelo sucesso e desinteressados em correr riscos; e por aí vai. Para comprar briga com o stand-up, portanto, esse teatro “sério” teria que brigar também internamente com essas outras circunstâncias igualmente “oportunistas” ou “rasas”. E também, por que não?, brigar com a TV, destino profissional sonhado por quase todos do teatro e que muitas vezes banaliza e desgasta grandes ideias surgidas no palco – vide o que faz o Zorra Total com o elenco dos Melhores do Mundo, entre outros.

Assim, ou essa turma do teatro briga com todo mundo ou não briga com ninguém – o que é muito mais inteligente, por sinal. Quanto mais criticam, mais reforçam uma imagem de intransigentes, “panelinha”, “gases nobres”... Quanta falta de visão estratégica... Depois reclamam da falta de público, de patrocínio...

Em tempo: gosto de muita coisa feita por esse teatro dito “sério”. Em BH, os grupos Cia. Espanca! e Luna Lunera, por exemplo, fazem trabalhos maravilhosos, de nível inconteste. O Grupo Galpão, “monstro sagrado”, é um que consegue equilibrar muito bem o teatro mais elaborado com o popular. Assim como há montagens "sérias" equivocadas, herméticas demais, de verborragia exaustiva ou roteiro delirante, no mau sentido. No teatro-entretenimento – as comédias que povoam as salas e batem recorde de público – também há propostas de melhor e pior nível. O mesmo acontece no cinema, na música, no stand-up... A questão que realmente interessa, ao fim e ao cabo, é a qualidade do que se oferece ao público, qualquer que seja o gênero. Mas aí cai-se no aspecto subjetivo e pessoal - o que é qualidade para mim pode não ser para o outro. Tudo bem. No final, quem decide é o público. Então vamos todos, cada um no seu quadrado, fazer o seu melhor, de acordo com suas convicções. Não é a diversidade a grande graça do mundo?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Comédia stand-up: calvície, jornalismo e cúpula do clima

Trecho de apresentação no Butiquim Santo Antônio, em BH, como convidado do grupo "Liga da Comédia", em janeiro/2010. Aproveito para agradecer o espaço aberto para mim pelo grupo, convidando-me para seis apresentações entre dezembro e janeiro. A turma só tem gente fina e de muito talento!

Comédia stand-up: Primeira vez, financeira e Twitter

Minha primeira apresentação com o pessoal nota 10 do grupo "Queijo, Comédia e Cachaça". Bar Canapé, BH, janeiro/2010. Assiste aí, e se curtir espalhe!